O escritor César Obeid sempre vai com a melhor das expectativas para eventos como a 3ª edição da Jornada Literária do DF. “Porque eu vejo a sociedade se organizando para promover um momento com a literatura, encontro com escritores, e isso me deixa muito feliz. Mesmo na internet, que ocupa um bom espaço entre os jovens hoje em dia, não há muito espaço para se falar de literatura. Então, quando promovemos um evento real, com presença física de escritores, de ilustradores, sempre me deixa muito feliz, muito emocionado”, explica o autor de mais de 30 livros para jovens e crianças. No caso da Jornada em Brasília, segundo ele, é melhor ainda, “porque eu sei que já está tendo um trabalho com os livros. E isso muda tudo”, acrescenta a informação de que os livros de vários autores participantes estão sendo trabalhados em sala de aula.
César Obeid terá quatro participações no evento promovido com recursos do Fundo de Apoio à Cultura, FAC, e cor-realizado pelo Sesc, responsável pelo Teatro Newton Rossi, onde ocorrerá a maior parte da programação da Jornada Literária. Para todas elas, promete levar um instrumento que de acordo com ele facilita e muito na interação do autor com a plateia: o humor. “Eu percebo que depois de uma apresentação minha, se o grupo conhece um ou dois livros, depois eles querem ir correndo à biblioteca para conhecer mais, ir à internet para ver os vídeos. Ou se não conhecem, têm interesse em conhecer quais são os livros que esse autor escreve. Então eu uso essa ferramenta, que é o riso, o bom humor, as rimas para mostrar o espaço lúdico da literatura”, ele explica, acrescentando, bem-humorado, que “minha esposa diz que nem sempre eu sou tão bem-humorado assim”.
A literatura é o carro chefe de uma vida com várias atividades, entre elas o projeto Prosperidade Criativa, que surgiu este ano a partir da busca do autor pelo autoconhecimento. “São vídeos, palestras e trabalhos em grupo para mostrar as pessoas, a partir da relação da sociedade com o dinheiro, que a prosperidade não é só material, é também afetiva, na saúde e visa resolver a trava que todos nós temos em relação ao dinheiro”, explica César Obeid.
Outra atividade de destaque no dia a dia do autor é uma de suas paixões, a culinária vegana, mas que, como tudo de resto que faz, está ligada à literatura. “Todo o trabalho que eu faço, ou 90% dele, é baseado em um livro meu. Por exemplo: o trabalho com a culinária vegana, que é um trabalho para a conscientização alimentar nas escolas e nas famílias. Eu tenho dois livros de culinária vegana. Parece que tudo que eu faço ou que gosto de trabalhar ou vem do livro ou vai virar livro depois”, ele explica contando que atualmente prepara um livro de ficção científica que aborda a dependência eletrônica. Para isso, observa em seu dia a dia o quanto é dependente da tecnologia.
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