O escritor Caio Riter fará sete apresentações na 3ª edição da Jornada Literária do Distrito Federal, sendo três na Jornadinha, dia 16, e as outras quatro na Jornada, no dia 17 de agosto (confira a programação). “Minha participação na jornada será com a gurizadinha”, adianta o autor, com um inconfundível jeito gaúcho de falar. “Nosso encontro será para troca de ideias a partir da leitura de livros meus, livros de poemas”, sintetiza Riter.
Autor de mais 60 livros, Caio Riter acredita que eventos como a Jornada Literária, bancada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura, FAC-DF, e cor-realizado pelo SESC, podem realmente formar leitores, desde que haja a leitura prévia dos livros dos autores participantes (o que é o caso da Jornada), “sobretudo por proporcionar momentos de troca entre quem leu e quem escreveu, momentos que resinificam o livro e a experiência leitora”, completa.
Ele conta que privilegia esses encontros com os leitores e que essas ocasiões acabam por aumentar ainda mais a porção leitora do próprio autor. “Creio que um livro só existe à medida em que ele é lido, conhecido, relido. Assim, a partir do encontro com as palavras urdidas pelo escritor, ele também acaba por poder se constituir mais como leitor, já que sua obra passa a ter significado para novos (ou mais) corações”, explica Caio Riter. “Gosto disso, gosto, parodiando o Milton Nascimento, de ir aonde meus leitores estão”, conta o autor, falando sobre sua relação com eventos iguais à Jornada. De tanto participar, coleciona histórias que gratificam a carreira literária. “Houve certa vez uma menina que, após ler ‘Meu pai não mora mais aqui’ (um dos livros de Riter), fez questão de me dizer que aquele livro marcou sua vida, tornou-a leitora”, lembra o escritor.
Na obra vasta de Caio Riter, a criança e o adolescente são, de longe, o público principal. Na bibliografia, apenas três livros para adultos. “Como iniciei minha carreira literária escrevendo para a infância e, depois, para a adolescência, constituindo um grupo de leitores, conquistando prêmios, acabei ligando meu nome a estes públicos. Assim, quando alguém pensa no Caio Riter, pensa-o como alguém que é um escritor de LIJ (Literatura Infanto Juvenil), daí a dificuldade em publicar livros para outros segmentos de públicos, sem contar que minha produção maior é mesmo para crianças e para adolescentes. Assim, se a produção é maior...”, conclui.
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